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Ministro diz não ver “necessidade” em greve de universidades; governo deve fazer negociações

Em meio à greve anunciada por dezenas de universidades, institutos e centros de ensino técnico federais, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta terça-feira (16) que não havia necessidade para a paralisação, uma vez que, segundo ele, o governo está aberto ao diálogo.

Professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Durante participação na Comissão de Educação do Senado, Santana disse que o governo deve se reunir na próxima sexta (19) para apresentar uma proposta de negociação aos professores e aos servidores técnicos.

“Não havia necessidade de fazer greve agora. Greve para mim é quando não há mais diálogo, quando acaba a negociação ou toda e qualquer possibilidade de melhorias. O Ministério da Educação e o governo estão abertos ao diálogo; está sentado à mesa com representantes dos professores e servidores”, disse o ministro.

A greve nacional teve início na segunda-feira (15). Em nota, o Ministério da Educação disse que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”.

Novo Ensino Médio

Aos senadores, Camilo Santana também afirmou que espera que o Novo Ensino Médio seja aprovado o mais rápido possível pelo plenário da Casa.

O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em março e aguarda relatório da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) na Comissão de Educação para avançar.

“A gente espera que este projeto possa ser apreciado e aprovado o mais breve possível. O grande objetivo de todos nós é melhorar o ensino médio brasileiro, para que o jovem possa ter uma escola mais atrativa, que olhe o projeto de vida do aluno, que ele permaneça na escola e tenha uma formação. Garantir os catálogos, rever a carga horária e estimular os cursos técnicos é fundamental”, afirmou o ministro.

O texto altera pontos da reforma do ensino médio ocorrida em 2017, durante o governo Temer.

A proposta em discussão no Senado aumenta para 2.400 horas a carga horária da formação geral básica — somados os três anos do ensino médio — dos alunos que não optarem pelo ensino técnico.

Atualmente, a legislação prevê 1.800 horas para disciplinas obrigatórias.

Obras paradas

Durante a audiência desta terça, Santana foi questionado sobre as obras na paralisadas na área da educação. Centenas estão paradas quase um ano após o Palácio do Planalto editar uma medida provisória prevendo a retomada das construções.

De acordo com o ministro, o ato do Executivo “gerou uma expectativa”, mas que só a partir das próximas semanas é que as obras serão de fato retomadas.

Aos senadores, Camilo afirmou que o governo deve enviar um projeto de lei para “desburocratizar” o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que financia as obras.

“Tivemos que esperar um projeto de lei ser aprovado em novembro pelo Congresso, dar prazo para estados e municípios fazerem manifestação dos interesses. Realmente, aquelas obras inacabadas, paralisadas, agora é que estão no processo de retomada, de autorização. Algumas precisam retomar contrato, outras precisam refazer a licitação. Enfim, é toda uma análise. Fizemos várias reuniões na Casa Civil, vai ter mudança em decreto presidencial, em portaria, para tentar desburocratizar”, afirmou.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Ministro diz não ver “necessidade” em greve de universidades; governo deve fazer negociações no site CNN Brasil.

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